Os números atuais do e-commerce nacional facilitam a tomada de decisão de investir no mercado digital. De acordo com o NetoTrust, relatório conduzido pelo Compre & Confie, o faturamento do e-commerce brasileiro em 2019 foi de 75 bilhões de reais, um crescimento de 22% em relação ao ano anterior. E ainda há muito o que crescer, tendo em vista que somente 36% da população brasileira é digital buyer (compradores digitais).
Apesar de competitivo, o comércio digital apresenta uma série de oportunidades, desde que o negócio conte com uma estratégia eficiente. Dessa forma, é possível ser encontrado pelo público, convertê-lo em clientes e fidelizá-lo. Continue lendo o post e entenda como começar a investir.
Como começar um e-commerce?
Não existe uma fórmula mágica para vender na internet, mas um caminho pautado em operações eficientes, capazes de encantar o cliente mesmo que ele não tenha visto o produto ao vivo. Veja como dar os primeiros passos.
Faça um planejamento
Sem planejamento, o negócio não terá um rumo a seguir. Planejar significa definir como serão conduzidos os processos da empresa a fim de chegar aos objetivos. Basicamente, os gestores devem pesquisar para definir de quem comprar (fornecedores), para quem vender (público-alvo) e como vender (estratégias de marketing e logística). Nesse sentido, é preciso se atentar aos seguintes pontos-chave:
- objetivos: deve ser palpável, mensurável e com possibilidade de ser alcançado, como vender R$ 10 mil mensalmente ou 50 itens;
- público-alvo: refere-se ao consumidor ideal, com hábitos de compra e necessidades que seus produtos podem sanar;
- concorrentes: identifique quem são seus concorrentes diretos e colete o máximo de informações, analisando seus pontos fortes e fracos. A partir daí, contorne os fatores negativos para criar seu diferencial de mercado.
Escolha uma plataforma
Após definir os pontos básicos de seu planejamento, o passo seguinte é escolher a plataforma de e-commerce. É o sistema em que os gestores poderão gerenciar o negócio, incluir produtos, acompanhar o estoque, definir preços, promoções, observar métricas, entre outras funções que fazem parte da rotina do lojista do mercado virtual. Existem basicamente quatro tipos de plataformas.
Plataforma proprietária
Nesse caso, a loja virtual é desenvolvida a partir de uma plataforma única, em que o lojista adquire uma licença para o uso do código fonte de um ambiente desenvolvido por outros programadores e a renova de acordo com o contrato. Assim, as atualizações são realizadas quando for preciso.
Todo o trabalho de desenvolvimento fica por conta do proprietário, que pode contratar uma agência ou programador para isso. A vantagem é que a loja virtual será concebida de acordo com suas necessidades. Por outro lado, pode gerar um custo elevado de infraestrutura e manutenção.
Plataforma open source
São baseadas em código aberto e gratuito, contudo ainda é preciso contar com uma equipe de desenvolvimento para personalizar a plataforma e criar sua identidade. Ademais, é preciso arcar com hospedagem do sistema. Apesar disso, as despesas com implementação e manutenção ainda são menores em relação à plataforma proprietária.
Plataforma licenciada
Nesse tipo de plataforma, o gestor adquire o direito de utilizar a plataforma pronta para ter sua loja virtual e disponibilizá-la na rede para ser visualizada pelos consumidores.
Plataforma SaaS
Esse é o tipo mais utilizado de plataforma devido a sua facilidade. Nele, o sistema é disponibilizado na nuvem e o gestor pode acessar o painel de controle de qualquer lugar a partir de um dispositivo com acesso à internet.
É desenvolvida uma ferramenta personalizável e o lojista paga uma mensalidade pelo uso. As vantagens vão desde a possibilidade de customização e integração até menores custos e tempo de implementação. A escolha vai de acordo com alguns pontos, como:
- custos gerais;
- possibilidade de integração (ferramentas de gestão e de marketing, relacionamento com o cliente, redes sociais, entre outras);
- segurança;
- suporte;
- servidor;
- formas de pagamento;
- responsividade para o acesso de qualquer dispositivo;
- escalabilidade.
Elabore um plano de marketing
Site no ar, produtos à venda, processo de compra definido, estoque completo: o passo seguinte é tornar a loja virtual conhecida pelo público. Para isso, há duas formas básicas:
- SEO (Search Engine Optimization): refere-se ao conteúdo disponibilizado no site, blog e redes sociais baseado nas palavras-chave. Assim, quando o usuário fizer alguma busca no Google e afins, encontrará sua marca. Esse conteúdo pode ser texto, vídeo, imagens, webinars, e-mail marketing, entre outros. O intuito é que o consumidor seja atraído pelo conteúdo rico e, quando for o momento de fazer a compra, terá seu empreendimento na cabeça, aumentando as chances de conversão e vendas;
- SEM (Search Engine Marketing): trata-se dos anúncios pagos nos resultados das buscas (na parte superior e nas laterais). Também se enquadram os anúncios nas redes sociais exibidos na timeline dos usuários ou nas laterais da página.
O negócio pode se valer das duas metodologias. Tudo vai depender dos recursos disponíveis, do nicho de atuação, dos resultados pretendidos, entre outros fatores. O que não pode é deixar de divulgar sua proposta. Fazendo um comparativo com o comércio físico, é como ter uma loja e não ter fachada, panfletagem, anúncios, entre outros esforços para cativar o público.
Acompanhe as métricas
Tanto a plataforma quanto as ferramentas de SEM e SEO apresentam métricas fiéis ao negócio que ajudam na tomada de decisão. Taxa de aprovação de pedidos, ticket médio, taxa de conversão e taxa de abandono de carrinho são algumas delas. Cabe aos gestores definir quais métricas mais se adequam à estratégia para moldá-las e gerar melhores resultados.
Quais as vantagens de investir em e-commerce?
Os mais de 36 milhões de digital buyers brasileiros são um incentivo para a tomada de decisão por vender no e-commerce. Ademais, há outras vantagens de explorar o comércio virtual, como:
- facilidade para começar: basta o produto, a plataforma e disposição para aprender sobre o mercado;
- investimento inicial: é baixo em relação ao comércio físico, uma vez que não há gastos com aluguel, vendedores etc.;
- maior alcance: em relação ao mercado físico, a loja virtual funciona 24 horas e pode vender para pessoas de qualquer lugar do mundo;
- baixo custo: principalmente para aquisição de clientes, que podem vir das redes sociais, buscadores, entre outros caminhos;
- infraestrutura enxuta: o negócio pode ser moldado para oferecer mais com menos recursos, garantindo um bom retorno;
- flexibilidade para vender: possibilidade de criar um portfólio variado de produtos, atendendo a diferentes nichos em uma mesma plataforma;
- integração com outros canais: o negócio pode criar uma extensão da loja física, promover estratégia de multicanal, retirada na loja física, entre outras ações omnichannel para potencializar seus resultados.
Como não há fronteiras, é possível se relacionar com qualquer pessoa, integrando seus pontos de contato com maior eficiência para atrair mais clientes e criar mais oportunidades de vendas.
Os gestores podem focar suas atividades em diferentes nichos, atender a suas expectativas e crescer muito quando atuam na internet. Para isso, precisam se atentar a suas estratégias, que podem ser moldadas conforme as necessidades do público e as oportunidades de mercado. São muitas as razões para uma tomada de decisão certeira, capaz de trazer resultados cada vez mais expressivos.
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