Muitos lojistas têm dúvidas se devem investir em marketplace ou loja própria. Ambos têm suas particularidades, vantagens e desvantagens. Para poder ajudar nessa tomada de decisão, elencamos neste artigo alguns pontos chave para o lojista refletir na hora de escolher entre ambos. Vamos nessa!
O que é Marketplace?
É um canal de compra e venda de produtos com uma quantidade diversa de vendedores e lojas. O objetivo principal é proporcionar mais variedade entre as opções de escolha, tanto de produtos como de preço, para o consumidor final.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), entre 2019 e 2020, o marketplace teve um crescimento significativo de 68%, algo que nunca tinha sido registrado antes desse período.
O Marketplace pode ser comparado com um shopping, onde vários lojistas do mesmo segmento expõem seus produtos em uma única loja. Desse modo, é preciso seguir as regras da plataforma para permanecer vendendo, inclusive, é necessário pagar uma comissão por cada venda bem sucedida.
Segundo a pesquisa Marketplaces: Hábitos e Tendências do Consumidor Brasileiro, realizada pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Toluna, cerca de 55% das pessoas optam por comprar em marketplaces devido a possibilidade de uma escolha mais ampla.
O que é Loja Própria?
Uma loja própria virtual é um site vinculado à marca fabricante ou revendedora, que expõe os produtos e/ou serviços online, 24 horas por dia. A plataforma de e-commerce registra os pedidos, e o lojista realiza o envio para o cliente em seguida.
O Brasil é um país com alto potencial de crescimento no comércio eletrônico.
De acordo com informações do estudo Perfil do E-commerce Brasileiro, realizado pela BigData Corp e PayPal Brasil, existem mais de 1,6 milhão de lojas online sites de e-commerce nacionais.
Marketplace X Loja Virtual
Ao lojista que está em dúvida entre marketplace e loja própria, cabe, primeiramente, buscar compreender e analisar os seguintes pontos: qual o orçamento disponível para investir; quais são os objetivos do lojistas; onde se quer chegar com o negócio; etc.
Cada um tem suas particularidades, os prós e contras, e por aí vai. Para facilitar esse processo de análise, listamos abaixo as vantagens e desvantagens de cada um, para que o empreendedor possa estudar atentamente qual se encaixa melhor na sua realidade atual e qual é o mais adequado para atender a sua perspectiva de futuro como seller.
Vantagens do Marketplace
- Visibilidade através de portais de sucesso e público sólido;
- Escalabilidade no volume de vendas e consequentemente no aumento de receita;
- Menor complexidade e investimento da infraestrutura tecnológica;
- Rápida expansão nacional;
- Oferta de cauda longa;
- As intermediações de pagamento, seus riscos e suas tarifas são de responsabilidade do Marketplace.
Desvantagens do Marketplace
- Dependência gerada para as empresas inseridas em grandes portais;
- Sujeição ao aumento das taxas, porcentagens sobre vendas ou comissões, dependendo do modelo de negociação realizada;
- Intermédio de relacionamento: embora o marketplace identifique a marca na hora da venda do produto, ainda assim, o cliente é do marketplace, não tendo vínculo com a marca do lojista anunciante, que acaba ficando em segundo plano;
- Caso a operação interna de estocagem e logística estejam ineficientes, o alto volume gerado pelos marketplaces pode ser um risco na operação;
- Competitividade agressiva dentro das páginas de produtos na qual o destaque será sempre do melhor custo benefício ao cliente (prazo x preço x frete).
Diante dessas informações, o Marketplace pode ser vantajoso para quem está começando no e-commerce do zero, e conta com baixo orçamento disponível.
Afinal, o lojista não precisa se preocupar com a infraestrutura do e-commerce. O próprio Marketplace é uma plataforma pronta para expor os produtos online.
Nesse sentido, o seller também não se preocupa com marketing, tráfego e SEO, fatores que também ficam por conta do Marketplace.
Em contrapartida, se tornar dependente de Marketplaces, significa deixar de lado a oportunidade de explorar novas experiências no mundo digital.
Uma vez que, não se tem autonomia, é preciso seguir estritamente as regras da plataforma, caso contrário, não poderá anunciar os seus produtos nela.
Outro ponto, recomenda-se que o seller de marketplace tenha um responsável financeiro para realizar mensalmente a conciliação financeira dos repasses de receita com abatimentos das comissões.
Além disso, é imprescindível ter atenção às integrações de pedidos, para que estejam alinhadas entre as plataformas (do Marketplace e do seller). Isso garante que todas se mantenham em sintonia e evita que o fluxo de um pedido seja interrompido por estar desatualizado.
Vantagens da Loja Própria
- Maior margem de lucro nas vendas. Não há taxas para repassar a terceiros e o lucro fica 100% com o seller;
- Possibilidade de aplicar estratégias de Marketing e Branding mais fortemente;
- Divulgar a marca no mercado e consolidar a imagem e o posicionamento perante os concorrentes;
- Realizar ações com total autonomia e criar conexões com o público;
- Autonomia para realizar edições básicas e deixar o site com a essência da sua loja.
- Aumento das probabilidades de recompra e fidelização do cliente.
Desvantagens da Loja Própria
- Maior investimento financeiro necessário, seja em mídias, infra estrutura operacional, plataforma e tecnologia em geral;
- No decorrer do crescimento do negócio, será preciso investir também em recursos humanos com profissionais tecnicamente qualificados;
- Aumento da concorrência e consequentemente, mais esforços serão necessários para se posicionar no mercado.
Existem plataformas de e-commerce que já fornecem toda a estrutura necessária para uma loja virtual completa, com recursos e funcionalidades que atendem as necessidades dos lojistas, colaborando para o melhor aproveitamento do tempo.
Sem contar que, algumas plataformas possuem integração com os Marketplaces, o que pode se tornar, inclusive, um complemento à loja virtual, a fim de potencializar ainda mais as vendas!
Por exemplo: o cliente encontra o seu produto no Marketplace, acessa a página para ver mais sobre o seller, e acaba encontrando o link da loja própria, então explora o site e descobre novos produtos que antes não tinha visto no marketplace.
O principal objetivo do e-commerce, seja marketplace ou loja própria, é proporcionar a melhor experiência de compra ao consumidor, para que assim, o usuário se sinta satisfeito e seguro para efetuar novas compras.
Por fim, vale deixar claro que cada marca precisa fazer sua própria avaliação e decidir qual o melhor canal de vendas que esteja alinhado com os objetivos e anseios futuros da marca. Essa avaliação muda com o tempo e com a evolução do seu negócio.
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