Muito se tem falado sobre Cross Border, um tipo de operação comercial que se tornou popular entre os lojistas nos últimos tempos. Essa é uma tendência que ultrapassa as fronteiras geográficas e movimenta bilhões por ano!
Com a crescente evolução do mercado de e-commerce, o processo de compra e venda se tornou integrado e conectado com o mundo todo. Atualmente, já é possível comprar ou vender de qualquer localidade, basta ter um dispositivo com acesso à internet.
De acordo com a pesquisa da NielsenIQ Ebit, 72% dos e-shoppers efetuaram compras em sites internacionais no ano de 2022, entre eles Shopee, AliExpress, Amazon, Wish, e Shein.
Um outro dado muito significativo da pesquisa é que 15% dos entrevistados afirmaram ter comprado mais de 10 vezes em sites internacionais no ano passado.
Diante disso, o cenário para o Cross Border se mostra altamente favorável e cheio de possibilidades para o lojista que almeja se aventurar nesse mercado.
Ao longo desse artigo, vamos explicar sobre essa modalidade de comércio, que tem conquistado cada vez mais espaço mundo afora, na qual o Brasil tem grande potencial. Continue a leitura!
O que é e como funciona o Cross Border?
O termo Cross Border vem do inglês, que significa “comércio transfronteiriço”. É um modelo de negócios que se baseia na compra e venda de produtos provenientes de diferentes países.
Apesar de estar em alta nos dias atuais, o Cross Border é mais antigo do que você pensa. Os primeiros relatos de comércio transfronteiriço na história da humanidade datam de cerca de 6000 a.C., quando os sumérios e os egípcios comercializavam entre si.
Essa prática continuou a crescer ao longo dos séculos, principalmente com o advento da globalização, e foi um fator importantíssimo no desenvolvimento da civilização humana.
Hoje em dia, esse comércio representa uma parcela importante da economia global, favorecendo a conexão entre empresas e pessoas de diferentes países, que podem atuar através das modalidades:
- Comércio eletrônico: as empresas vendem seus produtos ou serviços online para clientes em todo o mundo.
- Exportação: as empresas vendem seus produtos para clientes em outros países.
- Direta: a empresa é responsável pela logística de entrega, sem intermediários. É preciso alto nível de know-how em gestão logística, bem como conhecimento aprofundado sobre questões legais.
- Indireta: a empresa realiza a venda, mas não tem contato direto com o cliente final, isso fica sob responsabilidade de outra empresa contratada para fazer a distribuição, entrega da mercadoria e a parte burocrática do negócio.
- Importação: as empresas compram produtos de outros países para revender em seus próprios países.
O que antes era apenas um sonho distante (vender para fora do país) agora essa realidade ficou muito mais palpável para todos. Qualquer tipo de empresa pode fazer operações Cross Border por meio de uma uma loja virtual ou marketplace.
O Dropshipping internacional, por exemplo, é um tipo de Cross Border: o lojista recebe os pedidos, mas quem faz o envio para o consumidor final é o fornecedor.
Por outro lado, pelo viés do consumidor, se você está no Brasil e compra um produto da China, por exemplo, esta também é uma operação Cross Border.
Vantagens do Cross Border para o e-commerce brasileiro
O mercado de Cross Border é promissor e pode ser uma ótima oportunidade para empresas de todos os portes expandirem seus negócios e alcançarem novos mercados, principalmente no Brasil. Segundo João Teixeira, Vice President of Sales da Agência Auaha:
“O Brasil possui produtos muito apreciados no estrangeiro, como moda, calçados, perfumes, jóias, etc. Outro atrativo é o preço, pois naturalmente os valores praticados fora do Brasil são maiores, existe isenção de impostos, e o câmbio geralmente é favorável, o que significa uma margem maior na venda do produto.”
Entre as vantagens dessa modalidade de comércio estão:
- Expansão de mercado: a loja virtual por si só já consegue atingir novos públicos e ter acesso a novos mercados. Com a modalidade de Cross Border, as empresas expandem ainda mais, alcançam novos clientes e aumentam suas vendas;
- Inovação e internacionalização da marca: no comércio transfronteiriço as empresas podem inovar e aprender com as melhores práticas de outros países, gerar inovação e destacar-se no mercado internacional;
- Expertise em logística: devido às complexidades das transações, as empresas que operam Cross Border adquirem experiências valiosas que dão destaque frente aos concorrentes;
- Benefícios fiscais: a modalidade de exportação direta conta com isenção de ICMS e IPI;
- Redução de custos: o comércio transfronteiriço pode ajudar as empresas a reduzir seus custos, obtendo produtos e serviços de fornecedores estrangeiros a preços mais baixos.
Desafios do Cross Border
Como vimos acima, o mercado de Cross Border pode ser extremamente vantajoso, mas como qualquer negócio, não está isento de desafios, como por exemplo, lidar com diferentes regulamentações, moedas e culturas.
- Barreiras alfandegárias: as empresas que comercializam produtos para outros países precisam lidar com as barreiras alfandegárias, que podem ser complexas e demoradas.
- Diferenças regulatórias: cada país tem suas próprias leis e regulamentos que regem o comércio, o que pode dificultar o cumprimento das exigências de todos os mercados-alvo.
- Diferenças de moeda: as empresas que comercializam produtos para outros países precisam lidar com as diferenças de moeda, o que pode afetar seus lucros.
- Diferenças de cultura: as diferenças culturais também podem afetar a comunicação e interferir nas suas vendas.
Apesar dos desafios, o comércio Cross Border pode ser uma oportunidade lucrativa para as empresas brasileiras. Ao conscientizar-se dos desafios e tomar as devidas medidas para lidar com eles, as empresas aumentam as chances de sucesso no mercado internacional.
Confira abaixo algumas dicas para se preparar para adentrar no universo de Cross Border:
Faça uma pesquisa de mercado: antes de entrar em um novo mercado, é importante fazer uma pesquisa para entender as necessidades dos consumidores, os concorrentes e as regulamentações do mercado.
1. Adapte seus produtos e serviços: os produtos e serviços que são sucesso no Brasil podem não ser tão viáveis em outros países, por isso, é importante adaptá-los às necessidades dos consumidores dos mercados-alvo.
2. Invista em marketing e comunicação: investir em marketing e comunicação é essencial em qualquer negócio. Para o Cross Border, as estratégias devem ser adequadas à cultura e às preferências dos consumidores dos mercados estrangeiros.
3. Escolha um parceiro logístico confiável: o transporte de produtos para outros países pode ser caro e demorado. É importante escolher um parceiro logístico confiável que possa fornecer um serviço de qualidade e que seja capaz de atender às necessidades da empresa.
4. Assuma riscos: o comércio para além das fronteiras é um negócio de risco. É importante estar ciente disso, unir esforços para preparar-se para os desafios e tomar medidas precisas para o negócio seguir adiante!
Para entrar no mercado de e-commerce Cross Border, é obrigatório contar com uma plataforma robusta, com sistema adaptado para vender em outros idiomas e moedas, além de uma agência parceira para realizar a implantação e acelerar resultados!
A Auaha estruturou um modelo MVP (Produto Mínimo Viável), considerando plataformas de e-commerce adequadas para funcionalidades Cross Border, juntamente com parceiros logísticos, e empresas especializadas em tradução de catálogo:
“Isso para que o primeiro projeto de Cross Border seja o mais simples possível, considerando apenas o envio da mercadoria a partir do Brasil, sem complexidades de exportação. O projeto pode evoluir na direção de avançar estoque nos EUA ou Europa a partir de Portugal, considerando os parceiros de logística, até que o volume de vendas justifique a abertura da empresa nestas regiões com atuação direta em vendas físicas e/ou online.”, afirma João Teixeira.
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